Sunday, June 23, 2013

POEMA,.DE SAUDADE, SOBRE A GUINÉ

Presados leitores:
Num momento de nostalgia e de profundo sentimento sobre o meu "passado"...fico, por vezes, devagando ao sabor da "ondelação do ar da atmosfera"...voando sobre locais e acontecimentos passados, procurando saber o porquê das circunstâncias da vida, me terem aqui nestas paragens longíquas do nosso "torrão Natal", chamado Portugal, terra pátria que que amo...apar de uma uma outra Terra que considero e amo tal qual como se fosse também a minha Pátria.

Essa terra, é a Guiné-Bissau que, como todos deverão saber, esteve cerca de 500 anos, debaixo do domínio de Portugal - injusto ou não..., tema para ser apreciado noutras circunstaâncias.  

No entanto, apesar de eu adorar tudo o que seja de origem Portuguesa - incluindo a nacionalidade - tempos houve em que, factores diversos marcaram a minha percepção do que é ou não é uma Pátria.

De facto...há o território (local) onde a "nossa mãe" nos dá á luz...e, o local onde...os governantes ou os cidadãos - POVO - nos acolhem como parte da família local. Foi o meu caso, na Guiné...que, durante o serviço militar e após um convívio diário com muitos guineenses, me dei conta que, o ser humano pode "mais e melhor" com o trato e respeito para com os povos de outros latitudes do paneta terra, do que qualquer outro laço que nos ligue a outros locais.

De facto, no meu convívio diário, fui sempre muito respeitador e condescendente, angariando a amiasade de vários guineenses que, antes de terminar a minha comissão de serviço - na messe de oficiais da Força Aérea, em Bissa - se aproximaram de mim, pedindo-me para que não regressasse a Portugal - na ocasião conhecido como "A Metrópole, por ser a sede do Império português  - porque, diziam eles, eu era para eles, "um filho da terra", singnificando que me consideravam quase como um "familiar" deles, comovendo-me profundamente "tal demonstração de respeito e carinho", por um desconhecido.

Francamente sensibilizado com esta atitude - coisa que muitos não tiveram esse previlégio - e comovido ao mesmo tempo, decidi procurar um local de trabalho - na indústria hoteleira - e ficar por ali, na procura de arranjar alguns tostões e, logo que possível, tentar abrir um negócio dentro mesmo ramo. Assim foi.

No entanto, antes de iniciar a minha carreira "empresarial"...fui casar a Portugal como a que hoje é minha mulher e, após casamento, regressei á Guiné, já casado, onde acabei por ficar bastante tempo, sempre debauixo da amisade que me foi dada desde o início.

No entanto, houve ocasiões, em que a situação mudou, com a chegada de alguns elementos que "me desconheciam" e, como tal, tive alguns enfrentamentos "agúdos" sobrevivendo - vencendo - qualquer "quizíília", originada pelo desconhecido. Principalmente depois da independência.
E, se bem que nem todos têm o mesmo acolhimento, o certo é que eu, fui recebido na Guiné com carinho e respeito, ao ponto de me terem passado a considerar como "filho da terra" - termo usado na Guiné ainda hoje - o que me sensebilizou imenso, durante a minha longa estadia (quase 15 anos).

Nem todos se poderão dar ao "luxo" de assim ser, porque nem todos tiveram a mesma atitude para com os "nativos" o que, obviamente, influência a percepção tida para com cada qual. ´

A "amisade" é "um bem invsível" mas palpável, sentido no dia-a-dia, que se reflecte na mais intima circunstância...nos mais diversos locais do país. Por exemplo...viajando de Bissau para Farim - quase fronteira com o Senegal - e, após travessia do rio, a bordo de uma "jangada"...procurando "driecção" para a fronteira...imediatamente fui reconhecido e ajudado.

Alguém ali mencionou o meu nome, como conhecido de Bissau, com a minha reputação do modo como lidava com a população. De imediato me guiaram até ao local de acesso directo á fronteira do Senegal, troço de caminho em péssimas condiçoes, cerca de 30 km...levando cerca de 3 horas a percorrer, devido a estado lastimável em que se encontrava.

Aqui, neste momento, só quero expressar o meu próptio estado de espíriro, em relação á minha presença na Guiné, durante aqueles longos anos, onde passei os melhores dias da minha vida. 

Sim, já sei que, para alguns, poderá ser uma história "tediosa" mas, o facto é que, sem uma ligação "ao passado" o presente e o futuro não têm o mesmo valor. Viver sem passado, é não viver. Aliás...NINGUÉM CONSEGUE VIVER SEM PASSADO!!!

Cada minuto, cada hora e, cada dia que se vive, passa a passado no minuto seguinte! O impacto do passado serve de "molde" para o futuro. O "passado"...faz-nos sombra no presente e fará sombra no futuro. GARANTIDO!!!

Por vezes...o sucesso ou o fracasso, depende do modo como se aplicam "as lições" dos actos ou erros do passado. È pois neste sentido que, me inspirei na composição de um poema sobre a Guiné do qual apresento um pequeno "trecho", servindo como elo de ligação aos momentos mais importantes da minha vida...e, ao meso tempo, servindo de homenagem ao "simpático Povo Guineenses" do mais "bem na vida, até ao mais humilde, sem excepção.

Obviamente, haverá leitores que nem têm a minima ideia sobre  trecho de história, ligado ao periodo das colónias e, especialmente, ao período da guerra de descolonização. Compreendo perfeitamente  mas, o facto de desconhecerem, não significa que não devam "querer saber" porque...a 1ª e 2ª grande guerra já foi há muito mais tempo e, ainda hoje se fala dela. Por vezes, pelas piores razões mas, noutras, em celebração de certo eventos, pela importância que os mesmos tiveram.

Celebrar, é recordar e, ao mesmo tempo, "fazer lembrar" aos "viventes" que, os erros do passado são uma clara lembrança para que não sejam repetidos. Principalmente quando "tantaas vidas humanas, na maioria inocentes, perderam a vida.

Mais uma vez, recordar o passado, é "viver o presente".

Aqui vai....

GUINÉ...

É para mim, o que foi e o que é...
Terra "mistica" na minha diária "ré"...
Explicar melhor, não sei como é...
Onde vivi nuito tempo, sempre com fé...
Em situações - algumas - de finca-pé...
Chegando ao fim...porque até...
Não valia apena...remarcontra a maré!...

É...
Quisera eu lá voltar, á Guiné...
Quisera eu lá viver, na Guiné
Quisera eu lá vegetar, na Guiné
Quisera eu lá passar os últimos dias...na Guiné
Quisera eu lá "dormir o sono eterno", na Guiné!

É...
Na Guiné... passei os melhores dias da minha vida
Na Guiné... a esperança nunca estava perdida...
Na Guiné... as tristezas, transformavam-se em alegrias
Na Guiné... o não ter pão, criava ansiedade,
Na Guine... o dinheiro não era equidade
Na Guiné...o maior bem...era a amizade"


Obrigado Povo da Guiné!!! Nunca vos esquecerei...

Continua....



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